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MUTTLEY'S CORNER

"Too bad stupidity isn't painful. "

 

sexta-feira, maio 20, 2005

Se não conhecem o Jumento, não sabem o que perdem!

Um dos melhores blogs que tive o prazer de conhecer. Passem por lá e verão como se tornam visitantes assíduos...

Para deixar 'àgua na boca', duas imagens geniais:



domingo, maio 15, 2005

Ratzinger


(Lailson, Diario De Pernambuco, Brazil)


(Olle Johansson, Sweden, Norra Vasterbotten)


(Jeff Koterba, Omaha World Herald, NE)


(Guy Badeaux (Bado), Ottawa - Journal LeDroit)


(Jimmy Margulies, New Jersey -- The Record)

Desenrasquem-se



(visto no Blog 'Puta de Vida)

domingo, maio 08, 2005

A Bolsa e a Vida

OS GLORIOSOS MALUCOS DO SUPERMERCADO

O casal diverte-se a entrar nos estabelecimentos e a olhar para os preços. Aqueles dois vão ao super ou à praça como quem vai ao S. Jorge ver o Woody Allen, dá-lhes um gozo danado. Conversam e riem com as latas de atum branco («tadinha, ainda a quarenta e dois...»)fazem festas ao rosbife («já estás um homem a duzentos e setenta!») e só no corredor das loiças se comportam com algum respeito («sed lex, pirex!»). Clientes oculares afirmam ter visto o casal a provocar uma lata de feijão branco («a vinte e seis escudos? cresce e aparece!»)desaparecendo depois para os lados do balcão do peixe.
O próprio pessoal começa a afinar com aquilo.
- A com'e que está o carapau?
- A cento e vinte.
- Não tem mais caro?
- Hããã!?
- Dava-me jeito, não tenho trocado. Além disso é para uma pessoa amiga que faz anos, queria oferecer-lhe uma coisa boa...
É assim uma espécie de humor negro retinto, neo-masoquismo, ausência total e completa das realidades, o que se quiser.
Gerentes de várias lojas trazem-nos debaixo d'olho, e já pensaram chamar a polícia: os preços merecem apreço respeito e consideração!
O casal passa-se para outra zona.
- Olha-me para esta frigideira em puro aço inoxidável! Quinhentos mél reis. Está tudo ao desbarato!
- Tens razão, até dá pena comprar. Pode haver alguém mais necessitado...
Por esta altura, já uma fila indiana que persegue os dois malucos, marido e mulher, pelas diversas fronteiras do super (desde a raia dos enchidos à do spirela, já está) e que só os há-de largar em terra de ninguém, na paragem do eléctrico.
Entretanto, a fita continua.
- E estes copos a oitenta e cinco, tão pequeninos e frágeis, a pedir protecção, levamo-los?
- Não filha, sabes bem que não temos quintal.
O gerente também se mete na bicha, ele quer ouvir tudo. A sua dúvida é se chama a autoridade ou o 115. Uma coisa é certa, não gosta que o tomem por lorpa, e há gozo na costa.
O casalinho prossegue com os seus comentários confusionistas, em voz alta «gosto muito de vir a este super», e ela «são gente honesta e conscienciosa», e ele, «vendem tudo ao preço antigo», e ela, «chegam a perder dinheiro», e ele, «uma pessoa sente-se comovida», e ela, «é de partir o coração». Encostam a cabeça um no outro e fazem a rábula do pranto.
Passam pelo corredor que dá para os legumes («fruta, só tomate, querida») e alcançam os enlatados para animais domésticos. Ele fala de homem para lata com a comida de cão («a quarenta e três? Grrrr! Ão, Ão!») enquanto ela assanha a comida de gato.
Dali para as coisas de plástico.
- Os sacos do lixo eram a vinte e seis, lembras-te? Deram um saltinho para trinta e nove e setenta...
- Com'e que os comerciantes podem sobreviver?
(Os dois, em coro:)
- Tadinhos...

Muitas cabeças (barrigas e pés) de casal seguem atentamente aqueles dois até à porta, com uma curiosidade de cortar à faca. Pelo caminho, ele ainda embirra com uma latinha de grão indefesa, a vinte e seis e trinta («mostra-me o bico, mostra...») mas a lata nicles, nem uma nem duas.
Já dentro do [i]amarelo[/i] (a fita do costume, «sete e quinhentos? Tão barato, com'e que a Carris se aguenta?»)ainda ouvem o gerente, enfim, desabafar: «Isto cheira-me a esturro».
E gritam-lhe em andamento:
- É dos preços, amigo! Estão a arder...

(Crónica descoberta num recorte de jornal - provavelmente o 'Diário de Lisboa' - impossível de datar...mas experimentem substituir valores e tocar escudos por euros...)

sábado, maio 07, 2005

Nova surreaLISTA PARA CASAMENTOS

- Tudo para os bons e maus momentos -


10 caixas de detergente LAVÃO
- o único em que as nódoas ficam
e os tecidos lá vão (cantando e rindo)

5 frascos de ATACA DORES
- o analgésico em que você não tropeça

8 embalagens de VALENCIANA congelada TIA ROCA
- indispensável para o seu arroz

6 peças de Nastro DRY EGYPTIAN
- o método garantido para conservar carne
se V. não tem frigorífico mas tem sarcófago
(DRY EGYPTIAN é o único nastro recomendado
por 63 marcas de sarcófagos)

20 pacotes de MAR - Instantâneo / Basta juntar água
- Cl Na de qualidade constantemente controlada
(Aprovado pelo Instituto de Socorros a Náufragos)

1 caixote contendo os 30 volumes (formato de luxo e encadernação de bolso)
de "A BURO TAL QUAL SE CRACIA"
- uma obra indispensável. Edição patrocinada pela Secretaria de Estado da
Devida Qualidade

1 garrafão de 5 litros de Aceites Bancários
- para os almoços de negócios

24 latas de Sopa de Letras a 90 dias
- para os jantares de negócios

1 estojo contendo uma ARMA ZÉM - Tipo 'Onde Barão'
- para liquidações totais

1 magnífico Termostato regulado para 90º
- ferva os seus ângulos rectos sem desperdiçar energia

50 pacotes de Velas (com pavio anti-morrão)
- ideais para o seu barco de recreio; dispensam mastros

100 caixas de dúzia de poliedros convexos MAGGIA (Galinha ou Carne)
- o aroma mágico dos icositetraedros deltóides na sua cozinha

1 jogo educativo 'O Teorema de Pitágoras' composto de uma Hipotenusa e dois Catetos Telescópicos
- divirta-se a construir os seus próprios triângulos rectângulos

Brinde inteiramente grátis que acompanha qualquer dos artigos da presente lista:
"Importância da Sodomia no Planeamento Familiar" - Ensaio de Teresa Costa Macedo, editado pela Secretaria de Estado da Família, na sua colecção "Contra o Aborto Marchar Marchar"


(texto de autoria de L. Valgôde, redescoberto nos meus caixotes de relíquias)

sexta-feira, maio 06, 2005

Poção mágica

A CAÇADA

A minha primeira caçada aos gambuzinos aconteceu pelos tempos em que eu andava ainda na escola. Convidaram-me e explicaram-me. Até me ofereceram o saco conveniente e necessário.
Excitado, preparei-me em casa. Treinei devidamente, emboscado atrás da porta, a tentar caçar experimentalmente o meu pai, que subia a escada. Pareceu-me que não gostou. Os pais, não é...?
Na noite da caçada, lá fomos. Eu entusiasmado, com a lanterna e o saco apropriado. E também a moca que estava atrás da porta, que à noite há ladrões, foi a justificação que me veio à cabeça no momento. Todos concordaram.
Mas não me venham dizer que não há gambuzinos. Apanhei três. Um deles parece-me que se chamava António André e ficou coxo. Ainda está, creio. Uma fractura excelente, mesmo pela rótula.
Tudo me leva a crer que a caça aos gambuzinos é realmente importante. Temos que apanhá-los. Temos mesmo. Seja lá como for.


(Mário Henrique Leiria)

quinta-feira, maio 05, 2005

AVISO

terça-feira, maio 03, 2005

Descubra as diferenças








(Arafat e Ringo Starr)



(Vladimir Putin and the portrait of Arnolfini by Jan van Eyck)



(Koffi Annan e Morgan Freeman)



(palavras para quê?)

Vida noutros planetas

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Arrumação

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(Quino)

Homenzinhos

Já ouviram falar deles?

Nunca ninguém os viu. Existem relatos disparsos, vagos e incoerentes. Conversas ouvidas de raspão, frases soltas. Quando perguntamos algo de concreto sobre eles percebemos que existe uma conspiração de segredo. Olham-nos altivamente, desconfiados. O que se segue são relatos de aparições desses homenzinhos. As autoridades recusam-se a admitir a sua existência.

Continente da Amadora, 1997
Uma senhora devolve um equipamento informático que julga avariado. Após uma discussão o empregado que a atendia disse "Os homenzinhos da Informática têm que ver isso". Estaquei e escutei melhor. A senhora perguntou, aterrorizada: "Os homenzinhos da Informática? E... quando poderão fazer... isso?". A senhora ia dando passos para trás, discretamente. "Os homenzinhos da Informática não gostam que devolvam material; ficam muito irritados. Mas vou tentar... onde vai?" - o empregado observou a senhora a afastar-se. Mais tarde soube-se que foi atropelada por um carrinho de compras e que nunca mais voltou a andar de costas.

Singer, 1999
Os homenzinhos surgiram outra vez numa loja da Singer. Desta vez usaram o nome de homenzinhos das Máquinas de Lavar. Fontes confidencias dizem que aquele senhor que culpa o calcário pela avaria das máquinas, pela 2ª Guerra Mundial e pela fome no mundo e que surge na televisão a dizê-lo é, na realidade, um híbrido Homenzinho-Humano criado para invadir o nosso planeta usando pastilhas de Cálgon. Que, na realidade, são homenzinhos em germinação; basta juntar-lhes um pouco de água e - bingo! - eles crescem.

Jumbo de Alverca, 2000
Testemunhas oculares dizem ter visto homenzinhos de Balcão neste local. Ao que se sabe nenhuma delas voltou para contar o que viu (hem?). O que se sabe é isto: existem pais já infectados pelo vírus. Uma senhora enviou o seu próprio filho para a boca da morte, talvez inconscientemente, dizendo-lhe: "Olha, vais ali ao homenzinho do balcão e...". A criança nunca mais foi a mesma e desde então tornou-se rebelde, cresceram-lhe borbulhas na cara, a voz alterou-se e começou a fumar.

Ovar, 2003
O relato mais recente é assustador. Pela primeira vez na história deste texto homenzinhos invadiram uma residência pacífica e tentaram colocar lá uma das suas naves. O dono da casa disse-nos que eram cerca das 9 da manhã quando chegaram os homenzinhos do Frigorífico. Após terem abusado da campainha (tarados, ainda por cima!), teve de lhes abrir a porta. Deparou-se com dois homenzinhos que transportavam um frigorífico (sabe-se que eles precisam de frigoríficos para serem teleportados para o nosso planeta; nunca lhe desapareceu comida do seu?). Tentaram entar-lhe em casa e um deles chegou mesmo a ser violento quando o senhor tentou defender-se usando um taco de baseball. A situação ter-se-ia tornado muito mais violenta se não fosse a filha do respectivo senhor a chegar e a salvar o pai da fúria transloucada do Homenzinho de Galo na Cabeça internando-o (ao pai, não o Homenzinho) num Asilo Seguro.

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Senhores! Isto não são relatos idiotas e sem credibilidade de homenzinhos Verdes ou homenzinhos de Marte ou homenzinhos Marcianos. Estes seres existem e estão por todo o lado. Provavelmente você até é um deles e não o sabe. A sua mãe ou pai nunca lhe disse: "Olha para ti... até já pareces um Homenzinho"


(publicado por 'Anticorpo', Forum Bibliotecl@ - fóruns do Sapo em 24-07-2003)

Filantropia



(Cartoon de Bandeira, DN Online)